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Vol. 13 - Stop... In the name of love...

Posted by Chester
Theo rapidamente atendeu a porta. O gordinho baixinho que havia feito a entrega muito me lembrou um primo da Megan que havia conhecido nos tempos de colégio. Parecendo estar com pressa, Theo arrancou a pizza das mãos do rapaz e entregou uma cédula com quase o dobro do valor do pedido. Após fechar a porta, Theo me olhou e viu que eu estava com uma cara estranha pela situação. E ele só respondeu:
- Estou faminto! Venha, me ajude aqui. - indo em direção a cozinha.
Me levantei devagar e fui atrás dele.
- O que você quer que eu pegue? -perguntei.
Ele surgindo do meu lado responde:
- Essa pessoa aqui.
Pegou minhas mãos e levou até a cintura dele enquanto ele me enlaçava com um braço a cintura e a outra mão por trás da minha nuca me puxando para um beijo. Olhando nos meus olhos, ele diz:
- Eu te amo, sempre te amei e para sempre vou te amar, Chester Von Der Browgh.
Minhas pernas ficaram bambas e eu não pude resistir àquilo tudo. Puxei ele pela cintura e nossos lábios se tocaram. Não sabia que ainda poderia sentir a mesma sensação do nosso primeiro beijo. Foi tão forte e... quente. Sentir o corpo do homem que eu amava contra o meu causou um arrepio em cada pelo do meu corpo. Nossas línguas se tocavam serenamente, mas vigorosas, repletas de desejo e paixão. Mas de repente eu abro os olhos, e como num susto, o afasto de mim com as mãos.
- Pare! Pare... Por favor... – gritei nervoso – Não posso... Eu...
Peguei meu casaco que estava próximo da porta e puxei a maçaneta. Theo colocou a mão a fim de evitar que eu saísse.
- Espere...
Puxei a porta com mais força e saí. Desci correndo as escadas. Não queria que ele me seguisse. Estava transtornado com aquilo tudo. Descia tão rápido que diversas vezes quase tropecei e caí. Não dei tempo ao porteiro de abrir a porta e saí correndo em direção ao metrô. Pude sentir que Theo estava logo atrás de mim, mas parecia ter desistido no lobby do prédio.
Entrei na estação e desabei a chorar. Não entendia o porquê chorava e tinha feito tudo aquilo. Por que havia deixado Theo daquela maneira? Eu não o amava mais? O que estava acontecendo?
Desci do metrô e imediatamente liguei para o meu amigo Arthur. Eu precisava conversar com alguém.
- Oi Arthur, é o Chess. Tem um tempinho para mim?
- Oi Chess. Não não... A noite tá cheia. Tenho uns 10 programas! – e gargalhou – Brincadeira. Pode falar!
- Bobo! Pode me encontrar ali no café? Aconteceram muitas coisas nessa última semana e eu não consegui contar a você.
- Hmmm... Sinto cheiro de carne nova. – disse ele debochando.
- Acho que tá mais pra carne velha... – falei tentando entrar na brincadeira.
- Xiii... OK. Em meia hora estarei ali.
- Perfeito, até mais!

Pensei em dar uma passada em casa para pegar um par de luvas, pois minhas mãos estavam congelando. Chegando à frente do portão, procuro as chaves no bolso e logo percebo que elas não estão ali. Começei a apalpar todos os bolsos desesperado achando que perdi a chave até que cheguei à conclusão que havia deixado na casa de Theo. E não só as chaves como também minha carteira. Enfurecido, chuto e bato no portão. “Eu não acredito que terei que voltar lá!” - balbuciei. Só me restou ir para o café e esperar até minha mãe chegar para entrar em casa. Fui caminhando pela rua e na saída do metrô encontro Theo ali de pé. A cara de susto logo se transforma num lindo sorriso e eu não tive como resistir... E fui até ele.
(continua)

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