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Vol. 19 - Sickness Love

Posted by Chester
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Tem situações em nossa vida que seriam dignas de um filme, ou até mesmo de final de novela mexicana. E parece que tinha chegado minha hora.
Sabe aquelas personagens que são secundárias e que no fim das tramas dão a volta por cima e se mostram os piores vilãos? Pois é... E essa foi a história.


- Eu não acredito nisso... Você! Mas... Por quê?

- Simplesmente... “Chess”, porque me apaixonei perdidamente por você. Desde que entrei nesse colégio não tirei os olhos de você...

- Mas precisava de tudo isso? - gritei. - Precisava me amarrar nessa cadeira e fazer tudo isso? SOCORRO! TEM ALGUÉM AÍ?

- Cala essa boca! Deixa eu terminar a minha linda e triste história...

Pegou um pedaço de fita adesiva e colou sobre minha boca. Depois, sentou-se sobre uma classe e continuou sua história bizarra. Percebi que estava totalmente perturbada psicologicamente pois chorava e ria da situação.

- Pois bem... Durante muito tempo achei que meu amor por você era bobagem, que era coisa de adolescente... Mas o tempo passou e meu amor por você só aumentou cada vez mais... E por mais que eu tentasse tentar entrar na sua vida... Droga! Eu nunca consegui... - e bateu forte com o punho na classe.

(silêncio)

- Bom, eu tentei me aproximar... Mas você sempre estava tão grudado com aquela garota idiota! Até pensei que... Se eu contasse para ela que estava gostando de você, ela pudesse me ajudar... Mas pelo que vi, só piorou pois desde então parece que você tem me evitado cada vez mais... - saiu de cima da classe e veio caminhando na minha direção.

- Mas desde que o tal de Theo entrou no colégio percebi que havia algo muito estranho com vocês dois... Era algo muito estranho... Vocês eram muito queridos um com o outro. Eu sempre sentei na classe logo atrás de você... E aposto que nunca percebeu isso! - gritou, cuspindo saliva na minha cara. Virou-se de costas, levou as mãos à cabeça, sacudindo os cabelos e bufou. Voltou a olhar para mim e disse:

- Até que um dia, li um bilhete que o Theo havia escrito e que você esqueceu sobre a classe. E assim, tive certeza e descobri tudo. - Começou a soluçar descontroladamente, chorando.

Secou as lágrimas com o dorso da mão e continuou, num tom entre a histeria e a loucura...

- Não pude agüentar! Não podia ver o cara que eu amei por tanto tempo em silêncio ficando... Com OUTRO CARA! Meu mundo caiu naquele momento! E isso não poderia ficar assim... Ah não! Se o Chester que eu amo não pudesse ficar comigo, não ficaria com ninguém... Então... Resolvi dar um jeitinho em você e no tal de Theo, que arruinou minha vida...

Tentei gritar alguma coisa, mas a fita me impedia. Só consegui fazer alguns sons estranhos. Até tentei me soltar, mas não sei como ela conseguiu amarrar tão bem aquelas cordas.

Ela vem na minha direção e pergunta:

- Não vai mais gritar?

Fiz sinal negativo com a cabeça e ela arrancou a fita. Vi estrelinhas depois que ela tirou e senti que meu lábio havia se cortado.

- Oh, você se cortou... Deixa eu te ajudar!

- Não toque em mim Chloe! O que você fez com o Theo? Me solta sua maluca!

Só pude sentir uma bofetada no rosto e apaguei novamente.

(continua)

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Vol. 18 - Homeworks, Troubles and Ropes

Posted by Chester
Theo veio e sentou-se ao meu lado. Leu o bilhete e deu um grunhido de ódio.

- Theo, eu não agüento mais isso! Eu ando tão nervoso com tudo! Estou com medo! Não dá para continuar assim...

- Não dá mesmo Chess! Eu tô na mesma situação! Eu tô com vontade de quebrar a cara da sua amiguinha!

- Eu não acredito que você continue achando que foi a Megan que fez isso! Eu não posso estar tão errado... Eu conheço ela tão bem... Ela não seria capaz... - e o choro chegou.

- Ei, calma... - Theo sentou ao meu lado e me abraçou.

- Eu juro que vamos descobrir quem está por trás disso! E essa pessoa, seja quem seja, irá pagar caro!

- Pára Theo! Também não é assim!

- Não vamos brigar tá bom? Vamos fingir que nada está acontecendo... Sei que é difícil, mas... Já sei! Agora, sente bem longe da Meg. Vamos ver a reação dela.

- Eu quero estar errado quanto a isso... Não pode ser ela!

- Acredite, eu também quero estar errado.

Voltamos a aula e dei o maior gelo em Meg. E senti que ela ficou magoada. Mas eu tinha que resolver isso de uma vez por todas.

A aula acabou e o Mr. Roberts deixou um trabalho enorme para fazer e entregar em dois dias. Saí dali e falei por sinais com Theo dizendo que iria até a biblioteca começar o trabalho. Ele fez um sinal positivo e disse que iria para o quarto.

Estava tão envolvido com o assunto do trabalho que acabei perdendo a noção do tempo. Já passavam das 10 horas da noite e já não havia ninguém por perto. Peguei minhas coisas e resolvi sair correndo dali... Os corredores do colégio me causavam arrepios já de dia, então caminhar a noite não era muito confortante.

Como estava correndo, não pude perceber que havia um líquido viscoso no chão. Quando pisei ali, escorreguei e fui de cara ao chão. Senti uma pancada na cabeça logo após a queda, logo perdendo os sentidos e tudo ficou escuro.

Minutos depois, eu acordo com muita dor de cabeça. Olho para os lados e estou em uma sala de aula, praticamente escura, a não ser pela luz da lua que entrava pelas janelas. E só ai percebo que estou amarrado na cadeira. Tanto pelas mãos quanto pelos pés. Olhei para os lados e não via nada. Mas próximo a porta, pude visualizar um vulto. Comecei a gritar.

- Socoooorro! Estou preso aquii!

E da escuridão só pude ouvir um...

- Silêncio! Eles não vão te ouvir...

Essa voz... Eu conhecia essa voz, mas não estava reconhecendo quem era. Era uma voz suave...

- O que você quer comigo? Quem é você? O que eu fiz para você?

(silêncio)

- Respondeee! - gritei.

- O que você fez comigo Chester, foi a pior coisa que você poderia ter feito a qualquer pessoa...

- Mas o que foi que eu fiz? Quem é você afinal? - já choramingando.

E de repente o rosto sai das sombras enquanto fala...

- Você simplesmente... Roubou meu coração!

(continua)

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Vol. 17 - Wrong way

Posted by Chester
Depois de uma ótima noite dormindo juntos, Theo me acorda para conversar. E falamos sobre o assunto que vinha nos atormentando nos últimos dias. Não andaríamos mais tão grudados, fingindo que estávamos brigados. Aceitei o desafio, mas depois que descobríssemos o culpado dessa história queria que tudo voltasse ao normal. E Theo, me dá um beijo concordando.

Chegamos na aula e nos sentamos um tanto afastados. Meg perguntou o que tinha acontecido e respondi meio alto, para que quem estivesse por perto ouvisse.

- Eu não falo mais com ele. É muito ignorante. Agora, só dividimos o quarto e só.

Eu reparei que Theo me olhou e fez uma cara de quem pouco se importa, mas quando voltou o rosto para frente, notei que ele começou a sorrir.

Algumas pessoas me olharam meio estranho, de cara torta. Haveria muitos suspeitos, mas e agora, qual deles? Durante a aula comecei minha lista. Tinha alguns suspeitos em mente, mas algo me dizia que não era nenhum deles.

Passei o dia inteiro com Meg, enquanto Theo almoçou e jantou sozinho. Estava mal de deixá-lo fazer isso sozinho. Fiquei com vontade de chamá-lo diversas vezes, mas evitei. Queria descobrir logo, essa história já estava me incomodando bastante.

Depois do jantar, voltei para o quarto. Theo já me esperava lá, de pé.

- Eu não agüentava mais esperar! Eu não consigo viver um minuto longe de você! - e me agarrou e nos beijamos enlouquecidamente.

Depois da sessão de beijos, mostrei minha lista para ele. Apesar de conhecer pouco os nossos colegas, achou pouco provável os nomes citados. Havia alguém que tinha um motivo muito sério por trás disso tudo... Mas quem?

Do nada, Theo citou um nome...

- Susie!

Na hora me choquei. Como é que eu não tinha me dado conta disso? Mas será que seria ela mesmo? Motivos ela teria! Mas e agora? Como descobrir se era ela mesmo?

No outro dia comentei com Meg sobre a Susie ser a provável ameaça. Theo não falava mais com ela pois desconfiava que Meg era uma das suspeitas. Meg concordou que Susie teria motivos sim de fazer isso por causa do que Theo disse do nariz dela. E pedi ajuda à ela para descobrir alguma coisa.

Quando voltei para o quarto depois do almoço para pegar um livro, no chão encontro outro bilhete, e para meu susto dizia:

O prazo está se esgotando e isto está virando uma piada! E a verdade quanto a minha identidade está bem longe de ser revelada! Vocês estão na pista errada, mas adoraria ver a Susie sendo culpada!

Nessa hora Theo entra no quarto e me vê sentado na cama com cara de apavorado.

(continua)

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Vol. 16 - Invisible Threat

Posted by Chester
- O que aconteceu? - perguntei enquanto eu e Meg nos levantávamos da mesa.

- É uma longa história, mas deixa assim...

- Deixa assim nada! O que foi que aconteceu contigo Theo? Quem bateu em você?

- Lembra do cara fortão, que joga rúgbi? Pois é, ele é meu primo, James. Achei que poderia ter sido ele que escreveu aquele bilhete, mas falei com ele sobre isso, brigamos e acabei saindo com esse belo olho roxo.

- Ah, coitado. Vamos até a enfermaria. Vamos cuidar desse olho! - e levei minha mão ao rosto dele.

- Não precisa ser tão cuidadoso! Quer que as pessoas realmente pensem que estamos juntos? - e me olhou friamente, afastamdo minha mão com violência.

Só pude conter um choro e sair correndo dali. Meg antes de me seguir somente disse:

- Não precisava ter agido assim Theo, estupidez não vai levar a nada.

Megan me seguiu e nos sentamos no jardim. Falei para ela que Theo havia me tratado muito friamente desde o ocorrido. Me sentia magoado, ferido. Pensei que ele queria enfrentar aquilo junto comigo. Não precisava provar nada para ninguém, mas que ao menos na intimidade, pudesse contar com ele e me refugiar nos seus braços.

Voltamos para a aula e nem olhei para a cara de Theo. Fiquei irritado com toda a situação e se continuasse assim, pediria para trocar de quarto.

No meio da aula, Theo me manda um bilhete.

Quero conversar contigo quando voltarmos para o quarto!

Eu respondi que jantaria com a Meg e iria fazer um trabalho. Só voltaria ao quarto para dormir. Ao ler, não gostei nem um pouco da cara que ele fez. Parecia até que se sentiu aliviado por não me ter por perto. Respondeu somente com um:

Tudo bem. Como quiser.”

Não sou do tipo do cara que se altera facilmente, mas bem que gostaria de ter dado uns belos tapas na cara de Theo naquele momento. Mas me controlei. E segurei o choro.

Quando voltei ao quarto naquela noite, Theo já estava deitado. Havia apenas o abajur ligado e um bilhete sobre meu travesseiro.

Querido Chess, sei que desde que apareceu esse bilhete em nossas vidas que não tenho sido o cara que você conheceu e por quem você se apaixonou. Mas ele continua aqui, dentro do meu coração, por trás dessa máscara que tive que vestir para nos proteger dessa ameaça invisível que pairou sobre nós. Estou lutando com todas as minhas armas para descobrir o culpado dessa história para que possamos voltar a viver aquele amor como antes, sem nos sentirmos culpados por nada. Nós somente nos amamos! Isso é tão ruim assim? Espero que me entenda e que continue me amando, pois isso me dá forças para continuar vivendo cada dia como se fosse o último! Amor, Theo

Fechando o bilhete, só pude sentir seus braços me enlaçando pela cintura e me virando para um beijo.

(continua)

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Vol. 15 - Where Is That Love?

Posted by Chester
Theo me olha com cara de chocado e imediatamente amassa o papel com raiva.

- Quem fez essa brincadeira idiota? - gritando comigo. - Aposto que foi aquela tua amiguinha...

- A Meg jamais faria isso! Ela não seria capaz!

- Vamos falar com ela então...

Encontramos Meg no refeitório e falamos o que havia acontecido. Ela ficou muito assustada com a situação e ao mesmo tempo com raiva. Ela sabia que se essa revelação fosse feita, eu não seria mais colega dela.

Eu estava prestes a chorar. Theo estava agindo com agressividade, mas eu estava com medo disso tudo. Estava tudo tão bom... E do nada...

Voltamos para o quarto mas naquela noite Theo se manteve distante de mim. Deixei, pois vi que estava muito furioso com toda aquela situação. Mas tudo o que eu queria naquela hora era um pouco de atenção dele. Queria ouvir um “vamos enfrentar isso juntos”. mas só daí saí do meu mundinho de fantasias e entrei na realidade. E o Theo não era um Príncipe Encantado. Nos deitamos e só pude ouvir um “boa noite”. E nada mais foi dito. E uma lágrima teimosa resolveu rolar pelo meu rosto.

Acordei e Theo não estava mais na cama. Me levantei, vesti o uniforme e fui até o banheiro. Achei que ele estaria por ali, mas nada. Liguei a torneira e molhei meu rosto. Olhei para o espelho que havia em frente e um rapaz me observava. Do nada, eu digo:

- Tá olhando o quê cara? Perdeu alguma coisa? - gritando.

O rapaz, olhou atônito e saiu correndo do banheiro. Voltei a me olhar no espelho e vi a expressão de medo que eu estava.

Saí do banheiro correndo. E todos que andavam para o corredor pareciam me olhar... Me olhavam como se estivessem rindo de mim... Pareciam que na minha testa estava escrito “gay”.
Me sentia nervoso, só queria sair correndo dali.

Cheguei ao jardim. Me sentei sob a mesma árvore de sempre e comecei a chorar. O que estava havendo comigo? Por que estava agindo daquela maneira? E Theo, por onde andava? Aquela angústia de não saber o que fazer me corroia por dentro. Me sentia fraco e vazio, como se todo aquele amor que sentia por Theo tivesse sumido...

Na hora do almoço encontrei Megan que também parecia abalada com a situação. Ela não havia gostado que Theo a acusasse.

- Eu não o vejo desde que acordei...

Então Theo chega por trás de nós, com um olho roxo.
(continua)

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