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Vol. 17 - A quarter pass nine to happiness...

Posted by Chester
Cedo pela manhã, entrei em casa pé por pé para não fazer barulho. Mas assim que passei pela cozinha vejo Dona Charlotte de pé, ainda de pijama e robe, com uma xícara de café na mão. Dei meu melhor sorriso sem graça e quis ir correndo em direção ao quarto para evitar qualquer pergunta. Ao passar pela porta, só ouvi ela falando:
- Quem era o rapaz?
Ao ouvir aquilo me engasguei com minha própria saliva. Ela veio ao meu encontro na sala e perguntou o porquê de eu ter inventado que tinha ido dormir na casa do Arthur, já que ele havia ligado diversas vezes para casa. Acabei recebendo o sermão de preocupação, até que ela percebeu que eu não estava prestando nem um pouco atenção no que ela dizia.
- Pois bem... Estou vendo que este rapaz te fez muito bem. Qual é o nome dele? Onde se conheceram?
- Mãe, não é hora para conversas... Daqui a pouco tenho que ir trabalhar...
- Ah meu filho, só o nome então...
- Mãe... Por favor... – já me irritava a situação.

Estava me despindo pela casa louco para tomar um banho e sair dalí. Do nada ela se escora no batente da porta e fica me observando encher a banheira.
- Não vai me contar nada mesmo?
- Mãe, você está muito chata hoje! – esbravejei. – Sabe com quem eu sai? Você nunca iria acreditar... É... É loucura demais!
Ela só me observava com uma cara de preocupada ao mesmo tempo muito curiosa.
- Mãe, eu reencontrei o Theo! - falei quase rindo.
As feições do rosto dela passaram de surpresa para decepção em segundos.
- Bom... Eu só espero que ele não desapareça novamente. Não quero mais ter que gastar com psiquiatras e remédios desnecessários nesta casa. – Ela virou as costas e saiu.
Depois de vestido, dei um beijo no rosto dela e saí correndo. "Era melhor tomar café na rua hoje", pensei.

Perto do almoço, Theo me liga.
- Já estou morrendo de saudades.
- Seu bobo, não faz nem 4 horas que saí daí.
- Bom, liguei porque tive uma ótima ideia. Logo após o trabalho, passe em casa e faça as malas. Pegaremos o trem às 19h e chegaremos à Paris mais ou menos 21h15. Já estou com as passagens compradas e o hotel reservado. Vamos ter um fim de semana que já deveríamos ter feito a muito tempo atrás.
- Mas... Theo... Eu...
- Não fale nada. – disse ele rindo. – Gostou da minha proposta?
- Theo... É... É... Inacreditável! Eu adorei!
- Que bom. Passarei na tua casa exatamente às 18h. Esteja pronto.
- Tudo bem. Estarei te esperando.
- Te amo, Chess.
- Eu também te amo, Theo.

Avisei o restante dos funcionários da agência e saí mais cedo. Chegando em casa, chamei ela para que pegasse uma mala no armário e viesse comigo conversar no quarto.
- Onde você pensa que vai com essa pressa toda?
- Ai mãe, menos por favor. Theo acabou de me convidar para passarmos o fim de semana em Paris! Você sabe que a anos quero fazer essa viagem. Ele disse que comprou as passagens e daqui a pouco vai passar aqui para me buscar.
- Meu filho... Não acha que é muito cedo... Muito... Precipitado da tua parte ir viajar com esse rapaz que tu reencontrastes depois de... Sei lá... 5, 6 anos?
- Eu nunca me senti tão bem quanto agora mãe. Estou nas nuvens. Preciso aproveitar essa oportunidade de ser feliz. – e enchi uma mala inteira enquanto conversava.
- Bom, já és bem grandinho. – disse ela já se retirando do quarto. Chegando na porta, se virou e olhou em minha direção.
- Não quero mais te ver sofrer por ele Chester. Só quero tua felicidade.
Veio na minha direção e me abraçou muito forte. Sussurrou um boa sorte no meu ouvido e me ajudou a fechar as malas.

Correndo, desci para o lobby para esperar Theo. Eu já estava cinco minutos atrasado, mas Theo ainda não havia aparecido. Liguei para o celular dele e a chamada caia na caixa postal. Resolvi esperar algum tempo. Várias ligações depois e nada. Minha impaciência estava visível. Andava de um lado para outro, com o celular na mão sem saber se ligava mais uma vez ou esperava que ele retornasse. Mas Theo havia desaparecido totalmente. Faltavam 15 minutos para o trem partir. E eu já estava em desespero. Meu coração estava palpitando e fui obrigado a me atirar na poltrona. Estava suando frio. “Ele me enganou”, pensei eu. “Eu não acredito que estou passando por isso de novo”. E um choro de desespero começa a correr sobre o meu rosto.

Até que meu celular começa a tocar. Era ele.

(continua)

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Cada vez essa história me prende mais, leio um capitulo e já sinto a necessidade em ler o próximo... muito bom! Parabéns!

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