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Vol. 5 - Baby, When The Lights Go Out...
Posted by Chester
- Wow! O que você está fazendo aí? - falei assustado. - Quer me matar do coração?
Vi que ele também se assustou com a minha reação.
- Bem... Hã... Desculpe! Eu ouvi você chorando e fiquei aqui para tentar conversar contigo. Me conte, o que está acontecendo?
Liguei a luminária, puxei meu edredom e me sentei no chão ao lado dele com as costas encostadas na cama.
- Posso me enrolar junto contigo? Está frio! - ele pediu.
- Ah... Claro!
Me ajeitei no edredom e ele sentou do meu lado. Ficamos ali enrolados enquanto eu pensava no que falar. Mas Theo logo deu um jeito de puxar assunto. E foi com o dedo bem em uma das feridas.
- Eu notei que você não tem muitos amigos. Espero que você não seja daquele tipo não-sociável.
- Nossa, me conheceu hoje e já está tirando conclusões? - falei agressivo.
- Desculpe, mas é que... Ah, deixa para lá!
(silêncio)
- Eu só queria dizer que agora você tem um amigo, ok?
E passou o braço por trás de mim.
Estava tão chocado com a situação que não falei nada. Queria me virar, olhar nos seus olhos e dar aquele beijo que eu sempre esperei. Aquele beijo de cinema, com direito à música de fundo e tudo mais.
Mas daí o sonho acabou.
- Agora levanta já daí, dá um sorriso e vamos dormir! Amanhã quero que me mostre o resto do colégio! - e me sacudiu pelos ombros.
Porque as pessoas tem a maldita idéia de me sacudir, puxar, empurrar? Acho que em outra vida, nasci um saco de pancadas!
Dei um sorriso e ele retribuiu.
- É isso aí! Ânimo!
- Tá bom... Tá bom... Agora, vamos dormir.
- Ok.
Apaguei a luz e fomos dormir.
Tive um sonho bem estranho naquela noite. Sonhei com a Cher me pedindo um café pois estava muito cansada de caminhar na Selfridges (desde quando uma “mulher” rica como a Cher, compra em lojas de departamento?). Como sempre, lá estava eu tendo meus sonhos malucos e sem lógica.
Acordei cedo, e comecei a vestir o uniforme.
- Bonita cueca! Hehehe... Também gosto do Homem-Aranha.
- Ah... Hehehe - que comentário mais idiota! Já vi que o dia seria estranho.
Fui ao banheiro enquanto Theo se trocava. Enquanto escovava meus dentes, ainda não acreditava que eu estive sentado lado a lado com ele debaixo do meu edredom. Eu tinha que falar com a Megan!
Fui para o mictório e Theo, que já estava no banheiro, foi junto. Estava tranqüilo até que viro para o lado e vejo ele tentando olhar alguma coisa.
- Ei! Procurando alguma coisa?
- Hã... Ah desculpa... Só curiosidade.
- Hmpf! Tá bom! Vamos logo tomar café.
O refeitório era um grande salão cheio de mesas. Como nos filmes teen americanos, também éramos divididos em grupos. Eu pertencia ao dos “semi-nerds-estranhos”.
Sentamos na mesa, Theo, Megan, Paul e eu. Falamos sobre coisas bobas, do tipo se as “Spice Girls” deveriam lançar outro CD agora que são só quatro e e que as músicas das "All Saints" eram chatas e outras coisas idiotas assim.
Fomos para aula. Theo sentou próximo a Meg e eu. Ela passou o tempo todo me passando bilhetinhos perguntando se eu já sabia alguma coisa dele. Eu respondia que não, mas que uma coisa muito estranha tinha acontecido ontem à noite. Quando Meg leu aquilo, a cara dela era uma mistura de espanto com felicidade. Como Meg era gordinha, quando ficava muito alegre, a cara dela parecia um Shar-Pei. E eu sempre acabava rindo. Da cara dela, claro!
Theo, que ouviu nossas risadas se virou para trás e fez “Shhh” sorrindo, de brincadeira. E vendo ele sorrir, realmente descobri que estava apaixonado por ele.
(continua)
Vi que ele também se assustou com a minha reação.
- Bem... Hã... Desculpe! Eu ouvi você chorando e fiquei aqui para tentar conversar contigo. Me conte, o que está acontecendo?
Liguei a luminária, puxei meu edredom e me sentei no chão ao lado dele com as costas encostadas na cama.
- Posso me enrolar junto contigo? Está frio! - ele pediu.
- Ah... Claro!
Me ajeitei no edredom e ele sentou do meu lado. Ficamos ali enrolados enquanto eu pensava no que falar. Mas Theo logo deu um jeito de puxar assunto. E foi com o dedo bem em uma das feridas.
- Eu notei que você não tem muitos amigos. Espero que você não seja daquele tipo não-sociável.
- Nossa, me conheceu hoje e já está tirando conclusões? - falei agressivo.
- Desculpe, mas é que... Ah, deixa para lá!
(silêncio)
- Eu só queria dizer que agora você tem um amigo, ok?
E passou o braço por trás de mim.
Estava tão chocado com a situação que não falei nada. Queria me virar, olhar nos seus olhos e dar aquele beijo que eu sempre esperei. Aquele beijo de cinema, com direito à música de fundo e tudo mais.
Mas daí o sonho acabou.
- Agora levanta já daí, dá um sorriso e vamos dormir! Amanhã quero que me mostre o resto do colégio! - e me sacudiu pelos ombros.
Porque as pessoas tem a maldita idéia de me sacudir, puxar, empurrar? Acho que em outra vida, nasci um saco de pancadas!
Dei um sorriso e ele retribuiu.
- É isso aí! Ânimo!
- Tá bom... Tá bom... Agora, vamos dormir.
- Ok.
Apaguei a luz e fomos dormir.
Tive um sonho bem estranho naquela noite. Sonhei com a Cher me pedindo um café pois estava muito cansada de caminhar na Selfridges (desde quando uma “mulher” rica como a Cher, compra em lojas de departamento?). Como sempre, lá estava eu tendo meus sonhos malucos e sem lógica.
Acordei cedo, e comecei a vestir o uniforme.
- Bonita cueca! Hehehe... Também gosto do Homem-Aranha.
- Ah... Hehehe - que comentário mais idiota! Já vi que o dia seria estranho.
Fui ao banheiro enquanto Theo se trocava. Enquanto escovava meus dentes, ainda não acreditava que eu estive sentado lado a lado com ele debaixo do meu edredom. Eu tinha que falar com a Megan!
Fui para o mictório e Theo, que já estava no banheiro, foi junto. Estava tranqüilo até que viro para o lado e vejo ele tentando olhar alguma coisa.
- Ei! Procurando alguma coisa?
- Hã... Ah desculpa... Só curiosidade.
- Hmpf! Tá bom! Vamos logo tomar café.
O refeitório era um grande salão cheio de mesas. Como nos filmes teen americanos, também éramos divididos em grupos. Eu pertencia ao dos “semi-nerds-estranhos”.
Sentamos na mesa, Theo, Megan, Paul e eu. Falamos sobre coisas bobas, do tipo se as “Spice Girls” deveriam lançar outro CD agora que são só quatro e e que as músicas das "All Saints" eram chatas e outras coisas idiotas assim.
Fomos para aula. Theo sentou próximo a Meg e eu. Ela passou o tempo todo me passando bilhetinhos perguntando se eu já sabia alguma coisa dele. Eu respondia que não, mas que uma coisa muito estranha tinha acontecido ontem à noite. Quando Meg leu aquilo, a cara dela era uma mistura de espanto com felicidade. Como Meg era gordinha, quando ficava muito alegre, a cara dela parecia um Shar-Pei. E eu sempre acabava rindo. Da cara dela, claro!
Theo, que ouviu nossas risadas se virou para trás e fez “Shhh” sorrindo, de brincadeira. E vendo ele sorrir, realmente descobri que estava apaixonado por ele.
(continua)