Vol. 8 - Oops! I never did it before...
- Nada, depois te digo. Vamos logo pedir a pizza? Estou começando a ficar faminto!
- Ok, vamos... - mas não gostei muito da situação.
Ligamos e pedimos a pizza. Deixamos o dinheiro com o Mr. Jones, o porteiro, e dissemos que viríamos pegá-la quando chegasse.
Voltamos ao quarto e começamos a conversar. Falei de muitos podres do colégio e que ele escolheu mal a amizade, pois eu e a Meg éramos as “piores companhias” do colégio.
- Olha, se você é uma má companhia eu não sei... Mas não tenho reclamações por ter te conhecido e convivido contigo. - disse todo meigo.
- Hã... Bom... Então tá... Hehehe... Bom saber! - respondi sem graça.
Estava perto da hora da pizza chegar. Fomos até a portaria e ela já estava lá nos esperando. Mr, Jones nos entregou e disse algo que eu não sei se não entendi ou me fiz de louco:
- Se comportem meninos! A noite está fria!
- Obrigado Mr. Jones. Boa noite! - Theo falou (e acho que se fez de louco também!).
E voltamos correndo para o quarto. Mas me esqueci de comprarmos algo para beber. Poderia ir até o refeitório e pegar algumas latinhas, mas Theo não deixou.
- Eu tenho algo para beber aqui... - foi em direção ao travesseiro. Tirou dali uma garrafa de Scotch.
- Sinceramente, eu preferia uma Coke. - disse desapontado.
- Vamos beber um pouco! Só para ficarmos mais descontraídos... Não vou embebedar você! Não se preocupe! É só um pouco!
- Tá bom...
Eu nunca havia bebido nada alcoólico na minha vida. Meus pais eram totalmente contra bebidas em casa e mesmo em ocasiões especiais eles não me deixavam beber. Ficaram traumatizados depois que um primo morreu atropelado por estar muito embriagado. E no fundo, eu estava com curiosidade de saber como era.
Theo serviu em um copo e me entregou. Bebi um gole e... Nossa, aquilo era muito forte! Mas para fingir que estava gostando, tomei outro. E assim foi a noite inteira. Conversávamos sobre bobagens, comíamos a pizza e bebíamos.
Quando a garrafa já estava pela metade, fiz um comentário extremamente desagradável sobre Theo.
- E você que ronca, baba e solta pum enquanto dorme!
Ele começa a gargalhar e vem para cima de mim com o travesseiro.
- Quer dizer então que o Mr. Von Der Browgh anda me olhando enquanto durmo... - e me deu uma travesseirada.
Tonto do jeito que já estava, fui ao chão. Fui tentar me levantar e Theo veio por cima de mim e me empurrou de volta. Prendeu meus punhos com as suas mãos e me deixou imobilizado.
- E agora, quero ver você fugir! - riu.
E ficou me encarando sério. Nossos olhos se encontraram. Achei que naquela hora sairia um beijo. Ele virou um pouco o rosto, fechou levemente os olhos e tentou se aproximar. Mas acabei recuando, assustado.
- Tá, agora me solta! - pedi nervoso.
- Tuuudo bem...
Theo se jogou no chão do meu lado, mas deixou o braço sobre meu peito. Só percebi que tínhamos bebido demais quando olhei para a garrafa pela metade e quando ele se virou e tentou me abraçar. E assim ficou.
(continua)